terça-feira, 6 de dezembro de 2011

RESENHA - FALLEN

Olá, como estão?


No final de semana eu li, finalmente, Fallen de Lauren Kate, achei o livro instigantemente interessante e convidativo. Coberto por várias camadas de diferente “ares”, que mudam de uma forma gradual e agradável, isso deixou a história prazerosa de ler.


RESENHA

Em Fallen conhecemos Lucinda, uma garota com estranhos incidentes em seu passado e um deles a leva até o reformatório Sword & Cross. O incidente que acontecera durante o verão persegue Luce – como é chamada – trazendo uma culpa junto consigo e ao mesmo tempo o sentimento de inocência, de que ela não tinha realmente nada haver com o que acontecera.
A vida de Luce ganha novos padrões de cores no momento em que coloca seus pés nas instalações da Sword & Cross, com seu tons monótonos e quase monocromáticos. Logo no seu primeiro dia lá, Luce é obrigada a deixar sua única fonte que a ligava com o resto do mundo e com Callie, sua melhor amiga, seu celular e tento apenas uma ligação por semana.
É quando Luce conhece Cam, Gabbe e Todd, que estariam presente de uma forma bastante intrincada em sua vida ali na Sword & Cross. Assim como Ariane, logo em seguida Daniel e Penn.
Ariane conduz Luce por um “tour”, mostrando todos os locais do reformatório e fazendo Luce ter sua primeira experiência como cabeleireira. No mesmo dia, apenas algum tempo depois, Luce vê Daniel e imediatamente se sente estranhamente atraída por ele, que parece mostrar o oposto por ela quando lhe mostra o dedo do meio.
E sua chegada lá continua mostrando os lados ruins do lugar, quando Luce “entra” em uma briga com Molly no refeitório, fazendo com que se apresentem para o “castigo” no dia seguinte. Depois de encontrar Pen, que parece ser uma alma bondosa, a ajudando a limpar o que um dia fora um bolo de carne no banheiro.
Mas sucessões de acontecimentos estranhos continuam no dia seguinte, durante o “castigo” no cemitério. Dando a Luce um gostinho do mau temperamento de Daniel e do galante Cam.
Apesar de tudo estar acontecendo de forma esquisitas, conhecendo pessoas esquisitas, ainda poderia ficar pior para Luce, quando parte do que a coloca em um estado diferente do que se possa denominar “normal” volta a perseguir ela, trazendo junto e constantemente as lembranças que a fizeram parar ali. São as sombras, sombras que se esgueiram de forma sinuosa e macabra pelos lugares onde Luce está.
Adicionada a lista de pessoas que Luce conhece, está a bibliotecária Srta. Sophia, uma prestativa e agradável pessoa, e com a qual Luce tem aulas sobre Religião.
A cada dia Luce se vê mais atraída por Daniel, mesmo depois de seus claros e não tão indiretos foras que ela lhe dá. E ao mesmo tempo se vê dividida pelas gentilezas galantes de Cam, que a trata de forma como gostaria de ser tratada. No entanto, há uma ponta a meio disso tudo que a puxa mais para o lado de Daniel, a estranha e intrigante sensação de que já o conhecia.
No mesmo ritmo com que esses sentimentos se desenvolvem dentro dela, as sombras aparecem mais e mais, e não mais apenas como sombras a sua volta, mas sombras que podem tocá-la.
E quase como que num piscar de olhos, Luce se vê sendo levada novamente para a noite de verão que a colocou ali, porém com outro garoto, Todd. Se vê dando as mesmas respostas que dera antes, com as mesmas partes que encobriu antes, sobre as sombras, aprenderá a nunca mais falar sobre elas para outras pessoas. O incêndio na biblioteca leva as coisas a um outro patamar, com Cam e Daniel, e com sua própria vida.
Os acontecimentos em poucas semanas na Sword & Cross levantaram muitas dúvidas na cabeça de Luce, dúvidas que geravam mais dúvidas, um quebra cabeça insondável que parecia nunca ter uma peça que encaixasse ali. E com gesto, aparentemente singelo, tudo muda novamente. O beijo que ela e Daniel compartilharam foi o pivô disso tudo.
Daniel tinha suas próprias dúvidas, seus próprios questionamentos. Mas isso lhe dá também um fundo de esperança, mesmo que não tenha certeza de por que Luce permaneceu diante dele depois do beijo.
A partir daí o mundo de Luce virá totalmente de cabeça para baixo, mas entende o por que tinha a estranha sensação de que já conhecia Daniel, entende o que realmente Daniel é, assim como Cam, Ariane, Gabbe e a Srta. Sophia.


Bem, por onde posso começar...? Com a minha breve opinião logo acima, talvez?! Fallen é realmente um livro convidativo, ele emana sua própria essência fazendo com que o leitor não desgrude os olhos das páginas. A forma com que Lauren muda as camadas gradualmente durante a história é de uma forma simples e suave, mas ao mesmo tempo marcante, deixando evidente o que se passa naquela ou outra cena.
A impressão que eu tinha assim que comecei a ler, quando ela estava descrevendo Sword & Cross e seus alunos era que eu estava lendo algo de certa forma gótico. Não apenas pelo fato dos “uniformes” serem pretos, mas todo o cenário a volta dos prédios e a adição do cemitério dava esse ar. A forma como foi descrita o reformatório faz com que realmente sentíssemos o mesmo ar pesado a nossa volta, as mesmas sombras sinuosas, prontas para escoarem por qualquer brecha.
Mas quando chegamos ao final do livro, até mesmo no meio, já não é mais o ar gótico que envolve as páginas. As cores do lago e a floresta a sua volta fazem com que nos sentimos de alguma forma aquecidos, fazendo tudo a nossa volta brilhar junto a cada página.
Já no final há aquela sensação de ar fresco, quase como que se tivéssemos nos libertado de algo, mas ao mesmo tempo sabemos que tem mais, sabemos que há uma outra onda de sensações e impressões vindo em seguida.
Isso é um pouco do que Fallen transmite, apenas as camas que envolvem a história. Ainda há toda uma mitologia angelical que trás consigo sua própria força para a história. Lauren conta os anjos de uma forma sútil, não informações jogadas de uma só vez.
Trás a reencarnação de uma forma diferente, também. Não é apenas uma pessoa que viveu várias vidas, é alguém que viveu essas várias vidas, repetidas vezes, mas que quebrou ciclo de como isso acontece, dando um novo horizonte às coisas.

Quanto aos personagens, cada um tem sua própria centelha, aquele algo que os torna únicos.
E como eu sou totalmente do contra, Cam realmente encanta cada vez que aparece. Acho que a descrição dele combinou perfeitamente com sua personalidade, foi tão fácil imaginá-lo, ele e seus olhos verdes.
E do lado feminino, Ariane com sua total irreverência... que é apenas um eufemismo para descrevê-la.
Personagem que eu realmente não fui muito com a lata foi a Srta. Sophia, depois é claro, entendi o por que. Achei ela tão previsível, de uma forma tão pomposa que estava na cara suas verdadeiras intenções.

A capa de Fallen também é algo a ser ressaltado. Ela consegue colocar em imagens todo aquele ar sombrio que vem com a história em suas cores e na própria Luce retratada ali.

Fallen é, sem dúvida, uma ÓTIMA leitura, nos faz querer estar dentro, literalmente, da sua história. Apenas as letras impressas nas páginas não parecem ser o suficiente para nos satisfazer, queremos mais, queremos que seja algo totalmente palpável, queremos poder andar sobre o chão da Sword & Cross, sentir os toques trocados entre os personagens, algo que o torne real.
Fallen é o tipo de livro que fica encrustado na nossa mente, cada pedacinho, cada palavra trocada. É aquele tipo de livro que passa como um filme, nos mínimos detalhe quando o fechamos, nos fazendo relembrar todos os momentos.
Mas ao mesmo tempo Lauren conseguiu trazer em Fallen aquela sensação de que era apenas um sonho, de tão fantástica a história.
Bem, depois disso acho que nem preciso dizer com todas as letras que gostei do livro, nee?! Fallen superou minhas espectativas, realmente.
Quem tiver a oportunidade de ler, leia! Vale a pena!


Até mais!!!
Bjus =***

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...