quinta-feira, 8 de março de 2012

RESENHA: O INCÊNDIO DE TROIA

Olá, como estão?

Este era para ser o post de ontem, mas acabei não tendo tempo para postar. Quando vi a hora já tinha se passado da meia-noite e meia, então decidi deixar para agora – não ia deixar de postar, issa não! –.
Continuando, o post de hoje (vulgo: ontem, hahaha) é a resenha de O Incêndio de Troia, que eu mostrei AQUI, da Marion Zimmer Bradley.

ORELHAS
"Em O Incêndio de Troia, Marion Zimmer Bradley, autora de As Brumas de Avalon, recria a história da Guerra de Troia – e a narra a partir do ponto de vista de Kassandra, bela e atormentada princesa de Troia.

Na brilhante recriação que autora faz da famosa lenda, a queda de Troia acontece de uma forma nova e ousada, desde a provação de Páris, o rapto de Helena (neste livro, não a cruel adúltera da lenda, mas uma mulher afetuosa, dedicada a Páris e aos filhos) e a convocação dos exércitos gregos por Agamenon, o enfurecido cunhado de Helena, à tragédia final da destruição da cidade, condenada pelos deuses – e pelo orgulho voluntarioso de seus líderes.

A heroína deste épico é Kassandra, e a forte tensão do romance provém tanto da luta interna desta com seu sentimento de lealdade dividido (pois sua lealdade ao pai, o rei, e aos irmãos é contraposta à crescente fidelidade à velha fé no matriarcado e na Mãe Terra) quanto do sério conflito entre gregos e troianos, no qual ela – abençoada, ou amaldiçoada, que é com o poder da profecia – prevê de forma obsessiva que tudo aquilo que mais ama será destruído.

O romance começa com o nascimento de Kassandra e de seu irmão gêmeo Páris. Este é criado por uma família de pastores, em virtude de uma profecia de que gêmeos trazem má sorte. Kassandra cresce sem sequer saber da existência do irmão – a não ser pelas visões inexplicáveis em que enxerga os ventos através dos olhos dele... Sua mãe, a rainha Hécuba, era uma amazona antes de se casar, e quando Kassandra está prestes a se tornar mulher, é enviada para passar um ano com as tribos das amazonas, onde toma conhecimento dos poderes das mulheres antes que estas fossem subjugadas por uma nova onda de patriarcado. Ao voltar para Troia, Kassandra dedica-se a tornar-se sacerdotisa de Apolo, o Deus-Sol; mas, dentro dela, desenvolve-se um conflito forte e perturbador entre os “velhos costumes”, em que as mulheres mandavam e a religião originava-se da Mãe Terra, e o novo mundo de deuses e reis do sexo masculino – um mundo caracterizado por disputas sem sentido e uma ânsia de sangue que levam ao cerco de sua amada cidade."

RESENHA
Em O Incêncio de Troia, Mario remonta a história de Troia, com novas perspectivas e um ponto de vista diferente, vemos os acontecimentos pelos olhos de Kassandra, irmã de Páris.
Marion nos apresente os personagens com uma nova “roupagem”, diferente do que aprendemos das antigas e convencionais lendas sobre a queda de Troia. Helena é uma delas. Descrita no livro como uma mulher afetuosa e dedicada, o oposto da suposta tirana da lenda.
O romance começa com o nascimento “amaldiçoado” de Kassandra e Páris, porque traria mé sorte. Além de Hécuba, rainha e mãe dos gêmeos, ter tido um terrível pesadelo antes deles nascerem, um presságio dos deuses. No entanto, mesmo tal sinal sendo de agouro, Príamo não teve coragem de matar seus filhos, por isso mandou Páris para ser criado por uma família de pastores no monte Ida,
ficando apenas com Kassandra. E nunca mais é mencionada a sua existência.
Kassandra cresce e o tempo passa, sem que ela saiba da existência do irmão. Porém, conforme ela crescem começa a ter estranhas visões, primeiro fora de navios, quando estava se dirigindo até o tempo do Senhor do Sol (Apolo), anos depois vê os mesmos navios, só que desta vez não eram visões, eram reais.
Então ela tem a visão que faria sua vida tomar um rumo totalmente diferente, Kassandra vê, na água da adivinhação, o rosto de um garoto exatamente igual a ela. Curiosa, ela queria saber quem era o menino e perguntou ao pai, Príamo, este entrou em um acesso de raiva ao ponto de bater em Kassandra e mandar Hécuba dar ela para a adoção.
Como Hécuba era uma Amazona antes de se casar com Príamo, não deixou sua filha ser adotada por qualquer pessoa, pediu para que as Amazonas cuidassem de Kassandra.
É quando conhecemos Pentesileia, irmã de Hécuba, que busca Kassandra para viver com elas.
Em meio as Amazonas, Kassandra aprende sobre o poder das mulheres, antes de serem subjugadas pelos homens com o “advento” do patriarcado. Ela tem também mais visões sobre Páris, é quando descobre que este é seu nome, de alguma forma ela sabe, apensar de não entender como e não saber explicar como sabe disso, tem em seu íntimo que o nome de seu irmão é Páris.
Pentesileia havia lhe contado a verdadeira história, já que saiu do palácio de Príamo sem respostas sobre quem era o tal garoto.
O tempo se passa e ela volta para Troia, para se tornar a Sacerdotisa de Apolo, como ele mesmo havia lhe dito. No entanto, um conflito interno começa a se despertar, Kassandra aprendeu sobre a religião vinda da Grande-Mãe, Criadora de Tudo e agora estava indo para ser a Sacerdotisa de um deus do “Novo Mundo”, onde renegavam totalmente antigas origens e rebaixavam as mulheres. Não era o que havia aprendido enquanto estava com as Amazonas, aprendera a ser livre!
É quando Kassandra volta que acaba por conhecer Páris também, que acabou por fim, sendo reconhecido por Hécuba e Príamo como seu legítimo filho e com isso o indiferente destino de Troia foi selado.
Como uma teia de acontecimentos, Páris foi mandado em uma missão de Paz à Esparta e volta com Helena, esposa de Menelau, considerada a mulher mais bela da Grécia. Isso acaba por desencadear a fúria do mesmo, que com a ajuda de Agamenon declaram guerra a Troia.
Kassandra vira a queda de Troia e por isso era tratada como “amaldiçoada”, o único que realmente acreditava nela e a considerava parte de família era seu irmão mais velho, Heitor. Até mesmo Páris, seu irmão gêmeo, a tratava de forma desdenhosa.

MINHA OPINIÃO
Começamos que é um livro da Marion. Preciso dizer mais alguma coisa?
Talvez, algumas pessoas podem não conhecer, nee?!
O Incêndio de Toria é realmente um livro intenso, no entanto com uma leitura muito fluente e fácil, tem um ritmo muito agradável.
A visão que nos é mostrava, nos fazendo ter conhecimento dos sentimentos de Kassandra, não apenas da guerra desencadeada, mas também do seu conflito interno é tão palpável de uma maneira sobrenatural, por assim dizer.
Claro, ainda há também toda a questão, social – porque não?! – das mulheres sendo subjugadas por uma sociedade totalmente patriarcal, onde tinham um aposento “especial” para ela. A Marion sabe colocar essa questão muito bem em seus livros, sabe explorar ela de diversos ângulos, sempre nos apresentando pontos que estão na nossa frente, mas muitos insistem em não enxergar.
A forma como os personagens são trabalhados também é interessante – para dizer o mínimo, claro – temos os mesmos personagens, mas com perspectivas diferentes, então os vemos com olhos diferentes também.
Acho que acima de tudo, O Incêndio de Troia pode representar as várias facetas e conflitos que uma pessoa tem consigo quando está em determinada situação, ainda mais em determinada sociedade que não condiz com o que acredita.
É longo, são quase 600 páginas, mas vale a pena! São tantas páginas repletas de romance, profecias, tragédias etc, contadas de foma majestosa e por isso vale o tempo lendo. SUPER RECOMENDO!


Ainda tem mais posts, logo acima!
Acima vou deixar algumas palavras sobre o dia de hoje.
Bjus =***


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